2007/10/09

Fieis no Pouco

Um erro pode justificar um outro?
De alguma forma eu posso ultrapassar os direitos do ser humano?
Posso corromper meus princípios para poder mantê-los?


Quando falamos de um assassinato, logo vemos que não há o que justifique-o. Por isso até hoje a pena de morte não é unanimidade, pois nada dá o direito do ser humano retirar a vida de outro, mesmo que esse outro ser humano tenha cometido esse ato hediondo. Da mesma forma que nada justifica a tortura, nem mesmo a vida em risco de outra pessoa, a tortura é cruel, e faz com que a pessoa confesse até mesmo o que não cometeu, se propiciada da forma mais cruel. E mesmo que se considerada justa, um único erro, se praticada com um inocente, já desqualifica todos os seus possíveis benefícios, mas mesmo assim, alguns costumam justificar essa e outras praticas com outros erros, corrompendo-se a si mesmo para poder manter os seus padrões de justiça e princípios.

Da mesma forma em que a corrupção não deve ser aceita de nenhuma forma. Não se justifica o suborno para que um processo corra de forma mais continua, não se justifica roubar sua empresa por você ganhar pouco, nem é forma de distribuição de renda roubar dos ricos para dar aos pobres, nem um traficante deixa de ser bandido pelas ações sociais que ele promove.

O fator avaliar são os fundamentos dos atos em si, o assassinato, a tortura, a corrupção, a mentira entres outros atos são sempre maus, essa é sua natureza. Esses atos cometidos com propósitos “salutares” podem ser facilmente cometidos por qualquer causa, nada impede que o Estado que assassina o “homem mau”, assassine também o “homem bom”, nem que o homem que rouba ricos roube pobres, os limites são muitos tênues, e o ser humano imperfeito tende sempre a ultrapassá-los. E vale a pena lembrar um principio imutável: “Quem é fiel no pouco é fiel no muito, e quem é infiel no pouco também é infiel no muito”.

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