2008/02/25

Teoria das Pilastras Mundiais

Esses dias ouvi uma noticia que me deixou muito preocupado. Fidel Castro havia se retirado oficialmente do comando da sua ilha comunista. Meus receios não eram contra o futuro do socialismo e comunismo, pois nunca fui mesmo partidário de tal forma de governo, por desfrutar das maravilhas da liberdade de expressão, opinião e tantas outras mais, me fiz no fundo um republicano capitalista, apreciador da democracia, temendo mais as angustias infligidas pelo Grande Irmão do que a falsa alegria concedida por Ford!

O que me fez temer foi pensar na saúde do ditador, pois ele era uma parte fundamental de uma teoria desenvolvida há tempos, e que agora com sua renuncia me veio à tona novamente, com ar alarmante. Desde nascido na consciência, existiam seis figuras que serviam como pilastras para existência do mundo. Isso por que eram figuras eternas, sempre existiram ( pelo menos do meu ponto de vista, pelo minha forma de considerar a existência baseada na minha ) e continuavam perpetuas. Essas colunas eram pessoas, com importância fundamental no mundo, sempre em foco, e como já dito, eternas. Esses são os seus nomes: Papa João Paulo Segundo, Yasser Arafat, Madre Teresa Calcutá, Saddam Hussein, Fidel Castro e A Rainha da Inglaterra.

Sendo que destes nos últimos anos foram falecendo aos poucos só restando nos dias de hoje Fidel Castro e A Rainha, o torna estado preocupante. Pois se eles sempre existiam, e agora começaram a desaparecer, isso causaria um desequilíbrio na terra, que como resultado poderia resultar até no fim do mundo. Essa é minha preocupação baseada na Teoria das Pilastras Mundiais, pois se as seis caírem, a vida na superfície da terra também entraria em declínio. Por isso a saúde de Fidel me preocupa tanto. O que me deixa feliz é, que mesmo que Fidel morra, ainda resta A Rainha, e ela ainda vivera uns 200 anos, pois essa não morre nunca.

2008/02/10

Dar-lhe um Nome

O maior problema de um cronista com sua crônica é dar-lhe um nome. Acreditava-se antes que era escolher o tema, ou ainda discorrer de forma precisa e coesa, argumentativa, prazerosa e cômica, nada, tudo vãs suposições, pois é da natureza do escritor tudo isso, ainda que o tema traga algum grau de dificuldade, mais isso porque de forma implícita está totalmente correlacionado ainda ao problema da nomenclatura.

Calculem comigo. Quão grande é o problema de dar nome a um filho seu por nascer? João, Maria, José, algo que de significado e que seja como uma marca registrada, reconhecido e associado às virtudes e qualidades da criatura que o recebeu. Não é verdade? Quando você pensa em tal Henrique ou o senhor Jessé, vem-lhe a cabeça a figura, a voz, a fisionomia, os defeitos, as virtudes de tal nome.

Agora suponha que você tenha um, dois ou mais filhos ... por dia... ai está... cada palavra fecundada, cada linha gerada e texto concebido é um filho, que tem suas características, peculiaridades, e que por seu nome tem de ser lembrado como tal. Agora isso, é um problema gigantesco ao cronista, ao escritor e ao poeta.

Se bem que existem exceções, já vi alguns textos sendo desenvolvidos depois de seu nome e com base nesse, isso pode ser percebido facilmente, nota-se isso quando já no primeiro ou nos parágrafos logo adjacentes o título da obra aparecendo de forma completa e explicita, e esse artigo é um exemplo nítido disso.

Outros resolvem esse problema de uma forma “simples”, extraindo da crônica uma palavra ou frase de mais importância, que revele mais sobre o tema, da mesma forma como um pai dá nome a sua filha devido à qualidade mais visível, como Branca, Esperança, Flor, Linda, etc. Ainda assim, é uma tarefa um tanto difícil, pois em meio a centenas de palavras e frases, como escolher a com mais relevância?

As Duas Badaladas

Bem próxima a minha casa fica a igreja, com vários anos, estilo clássico, com arquitetura deslumbrante, conserva ainda um grande sino, que por sinal acredito ser de utilidade pública, suas badaladas de hora em hora e suas semi-badaladas a cada quinze minutos, são de importância sumária aos cidadãos, ainda mais aos que não tem o velho costume de o punho esquerdo ser adornado por um belo relógio.

Uma ... Duas badaladas, pensei: ‘que droga, duas horas da madrugada, mais uma vez eu estou acordado a essas horas’, esta se tornando um vício, a meses não durmo antes da uma da manhã... O maior problema das noites não dormidas, são os dias não vividos, pois o fato de não ter descansado o suficiente, não serve como escusa por não acorda na manhã seguinte. Dias como esses, demoram a passar, são pesados e inúteis, minha mente só visualiza a cama, e esse pensamento é uma constância desde a hora que me levantei dela.

Me engano profundamente pensando que seria a primeira coisa que visitaria assim que retornasse ao maravilhoso lar... Que ingênuo, como se não conhece-se o poder sobrenatural do futuro, da tecnologia, da comunicação , de tirar o sono e de encher de disposição. Porém o grande sino da grande igreja não se isenta, e sempre insistente e em ponto avisa novamente... Tam... Tamm. Duas badaladas... Juro que amanhã eu durmo cedo, juro!!