Então a nacionalidade está mais ligada a regionalidade do que a normativa? Não diria isso em plenitude, mas de certa forma. Afirmo também que o que é normal está firmemente relacionado ao esperado por uma classe. Em Sarajevo, durante a guerra Civil da Iugoslávia que duro de 1992 a 1995, diz-se que entre um bombardeiro e outro anunciado pelas sirenes, a população levava uma vida “normal”. Todo ser humano sabe que em guerra nada é normal, porem a normalidade afirmada acima refere-se ao aspecto da vida esperada numa sociedade comum, com a existência de comercio, crianças indo a escola, até alguma forma de lazer, o que continuava mesmo precariamente existindo naquela época.
Outro aspecto da normalidade, trata da manutenção de uma rotina. Em algumas favelas do Rio de Janeiro é rotineiro e normal que traficantes andem livremente armados com fuzis AR-15 e metralhadoras AK-47 entre outras armas, no meio da rua. Em si só, ver uma metralhadora exposta no meio da rua, não seria uma coisa considerada normal para a maioria da população. Porém pela rotineira exposição, para os cidadãos moradores dessas comunidades essa atitude tornou-se algo normal, não mais temido ou inesperado.
Agora depois de toda essa discussão terminológica a respeito do que “é normal”, pense: Não é apenas porque algo é normal que o torna bom. Só um último exemplo bem simples: Você está em um lugar aonde é normal as pessoas fazerem uso de drogas. Aquela prática, naquela região é comum, padrão, rotineira e até esperada. Então se você não compartilhar das mesmas práticas estará se tornando um estranho incomum. O que no momento pode te trazer dificuldades e grandes complicações.
Te pergunto: Você é normal?
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