2009/03/11

Em Hiato

Estou em pausa.
A centenas de dias, dezenas de meses. Os rabiscos continuam em guardanapos perdidos, que não foram “evaporados e condensados”¹ nesse espaço.

Me perguntaram: “ Porquê?” Sinceramente eu não soube responder, vieram na mente as desculpas esfarrapadas de sempre, trabalho excessivo, forças empregadas no fim da graduação e no começo da nova etapa da minha vida, como eu disse, desculpas, e então preferi não responder. Acho que estava esperando, me encontrar, encontrar vontade, encontrar “alguém para me salvar da lama movediça de mim mesmo”². Ainda não encontrei, nada e ninguém.

Mas, vamos continuar. Agora não é a hora de parar, de esfriar. Me lembro do meu professor afirmando veementemente: “...a linguagem é que torna o homo sapiens sapiens único entre os animais...”, da mesma forma escrever é o que me torna único e eterno para mim mesmo, é o espelho da minha alma, é o reflexo da minha situação, da minha vida. Se não escrevia, talvez estivesse vivendo menos ainda, por isso o que me resta agora é uma ressurreição.



1 - Flusser, Vilén.
2- Abreu, Caio Fernando.

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